Na esteira do assunto do momento, que é o gerenciador de pacotes do Haiku, traduzimos o artigo do Phillipe Saint-Pierre para o Unixmen que trata sobre o assunto. Uma pequena introdução para que nos preparemos para o que vem por aí.
Haiku:
Gerenciador de Pacote – Fazendo as Coisas Certas
Escrito
por Phillipe Saint-Pierre em 11 de junho de 2013
A
comunidade Haiku está vivendo um momento muito peculiar estes dias.
Eles estão testemunhando a criação do seu Gerenciador de Pacote.
Considerado geralmente como a última peça faltante antes do Beta, a
Haiku, Inc. atribuiu
recentemente dois
contratos que permitem trabalho em tempo integral neste subprojeto.
Enquanto
isso, aqui está uma apresentação de como se espera que funcione:
Primeiramente,
para responder a uma potencial pergunta frequente (PFAQ?), não, não
é reutilizar outro formato de pacote do mundo do código aberto.
Seguindo a filosofia do Haiku (e do BeOS), eles fomentam fazer as
coisas certas. «Teria
sido mais rápido»
não é um argumento válido aqui. Realmente, várias decisões
teriam sido tomadas diferentemente se fosse apenas considerado o
tempo. Ao invés disso, uma solução baseada em sistema de arquivos
foi criada, sendo tanto elegante como simples.
Então,
como o Gerenciador de Pacote trabalha? É bastante simples. Como
muitos sistemas, o Haiku permite processos para observar o conteúdo
de certos diretórios. Assim, o Gerenciador de Pacote observa o
conteúdo de muitos diretórios predeterminados e
recebe eventos quando arquivos são adicionados ou removidos deles.
Você colocaria o arquivo do pacote dentro de /boot/common/packages
para uma instalação para o sistema inteiro ou
/boot/home/config/packages para uma instalação para usuário único
(a propósito, este último pode não fazer muito sentido uma vez que
o Haiku é ainda um SO monousuário, mas é uma evidência futura).
Então,
quando um pacote é movido para dentro de um daqueles diretórios, o
Gerenciador de Pacote toma nota. Ele olha se existem quaisquer
dependências faltantes e o conteúdo é então virtualmente extraído
dos diretórios adequados. Virtualmente sim, porque /boot/common é
um ponto de montagem de um sistema de arquivos chamado packagefs e
seu conteúdo é realmente a união do todos os arquivos de pacotes
em seu subdiretório de pacote. Em outras palavras, em /boot/common
você verá os arquivos contidos em todos os arquivos HPKG situados
em /boot/common/packages, e o mesmo pode ser dito para
/boot/home/config.
Este
processo de instalação pode ainda ser feito manualmente ao colocar
aqueles arquivos utilizando o explorador de arquivos (copiar-colar,
baixar diretamente para aquela localização) ou com a ajuda de uma
ferramenta. Ou seja, o “mecanismo atrás dos bastidores” é igual.
Também,
como você pode adivinhar, para remover um pacote, pode-se
simplesmente remover arquivo do pacote de seu diretório de “pacotes”
(seja ao eliminar o arquivo ou movê-lo para outra pasta). O daemon
do gerenciador de pacote gerenciará casos onde dependências que
foram instaladas com o pacote removido já não são requeridas e
oferecer para limpar seu sistema.
Se
você está interessado em aprender mais sobre este novo Gerenciador
de Pacote, a principal fonte de informação sobre a matéria é o
Wiki. Lá, você encontrará links para o repositório onde o código
está sendo trabalhado, as especificações do formato de arquivo e
políticas sobre como construir um pacote. Ele já é testável e a
lista de pacotes disponíveis está crescendo. Ele deve ajudar
desenvolvedores externos a tentar portar seus softwares e
empacotá-los para o Haiku.
Fonte: Unixmen
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