sábado, 6 de julho de 2013

Aumentam os portes para o Haiku: agora vai?

O número de portes de aplicativos, especialmente os desenvolvidos em Qt, para o Haiku tem aumentado nos últimos três meses. A causa se deve à atuação mais intensa de dois desenvolvedores: o polonês cognominado StreaK X e o italiano Giovanni Mugnai.
Não que os demais desenvolvedores estejam parados: Ingo Weinhold e Oliver Tappe estão trabalhando em cima do novo gerenciador de pacotes do Haiku - ainda sem nome definido e cujo contrato de dedicação dos desenvolvedores foi ampliado para mais três meses, indo até setembro deste ano - e os demais permanecem batalhando para lançar o mais breve possível a versão final do Haiku R1, embora este último dependa da conclusão do primeiro.
Contudo, um SO sem bons aplicativos não chama a atenção de novos desenvolvedores, nem de potenciais usuários. Com o porte do Qt 4.8.5 para o Haiku, facilitou-se em muito trazer para o SO aplicativos já existentes na plataforma GNU/Linux, além de permitir o desenvolvimento de novos aplicativos para o Haiku, como fez StreaK X com seu Haiku Radio, um player de rádio online desenvolvido em Free Pascal via o recém portado Lazarus.
Semanalmente, novos aplicativos têm aparecido no Haikuware: recentemente foram os já citados Haiku Radio e Lazarus for Haiku, além do Internet Surfboard (navegador web semelhante ao Google Chrome, que utilizo neste momento para escrever este post), Little Writer (um editor rich text que suporta inclusão de imagens e exporta para PDF, ODT, TXT e HTML), diversos aplicativos de notas, alguns com suporte a serviços na nuvem, tipo Evernote, jogos, editores para desenvolvimento, etc. A lista é grande e a importância dos aplicativos vai muito do gosto de cada usuário.
Toda esta movimentação vem reforçando um sentimento que tenho cada vez que leio as mensagens nas listas de discussão do Haiku: estamos caminhando cada vez mais rápido para uma versão final do Haiku R1. Depois de 12 anos de desenvolvimento, considerado muito lento se comparado a projetos mais movimentados, como o GNU/Linux, tem-se a sensação de que até 2014 veremos a versão final estável do SO.
Ainda não é possível afirmar uma data - nem mesmo os principais desenvolvedores se arriscam a dar um palpite - mas tudo caminha para os finalmentes em muito breve. Também não se sabe se o Haiku emplacará como um SO de comunidade grande ou se permanecerá como um sistema de nicho, um "toy OS" como o chamam os detratores.
O que se observa, entretanto, é que ainda falta muita coisa a ser refinada: os navegadores baseados em Qt possuem um bug chato que não reconhecem corretamente os acentos das línguas latinas, causando erros de digitação ou acrescentando sinais indesejados, isso quando simplesmente não travam do nada e nos obrigam a fechar a janela do navegador; apesar do bem vindo porte do Scribus e o desenvolvimento inicial do Little Writer, o sistema não possui uma suíte de escritório que se compare a um LibreOffice - uma opção seria o Calligra, entretanto ele exige uma runtime do KDE que não pode ainda ser portado para o Haiku; sem o gerenciador de pacotes definido, a instalação de programas ainda é nebuloso para quem está acostumado às facilidades de uma Central de Software do Ubuntu ou aos instaladores gráficos das demais distros GNU/Linux; para mim, em especial, incomoda ainda mais não ter minha tablet gráfica Wacom Intuos4 suportada nativamente pelo sistema, quando no SO do pinguim praticamente todas as mesas digitalizadoras, sejam ou não Wacom, são suportadas diretamente pelo kernel.
Nesse ponto, fica justamente o princípio que sempre defendo: de que o Haiku deveria seguir sua vocação multimídia, herdada do BeOS, e dar total suporte aos dispositivos voltados para essa área. O mercado demanda esse tipo de suporte e isso atrairia grandes desenvolvedores, empresas ávidas em oferecer produtos pagos para esse setor - algo que não conflita com o pensamento dos desenvolvedores do Haiku.
Independentemente destes detalhes, o fato é que o Haiku amadurece a olhos vistos e os desenvolvedores já começam a discutir funcionalidades que deverão ser incluídas na futura versão R2. É bem certo que ressuscitem o projeto Glass Elevator, que deve dar uma cara mais moderna ao sistema, melhorando o suporte a composite e atualizando o visual da Área de Trabalho. A participação da comunidade é bem vinda e sugestões, ideias e novos projetos são vistos pela equipe de desenvolvimento com bons olhos. Nossa equipe de tradução para o pt_br também está precisando de ajuda e agradece a colaboração de todos - recebemos sugestões de alguns usuários do Potter, aos quais agradecemos imensamente.

2 comentários:

  1. Por favor preciso de ajuda com o haiku, preciso descobrir isso aqui sobre ele até o dia 10 de outubro de 2013.
    O histórico do S.O.
    Aspectos positivos e negativos do S.O.
    A importância do S.O.
    A Instalação do S.O. (informando as dificuldades/facilidades encontradas).
    Os motivos pelos quais este S.O. pode (não pode) ser utilizado atualmente.
    Uma comparação com os demais Sistemas Operacionais selecionados para os
    demais discentes.
    A relação deste S.O. com outros dentro de uma rede de computadores.
    Quais softwares os usuários podem utilizar para realizar tarefas do cotidiano
    como: editar textos, navegar na Internet, editar imagens, compactar de
    arquivos, ouvir músicas, assistir vídeo, etc, utilizando o S.O. proposto.
    Arquitetura do S.O.
    Requisitos mínimos para instalação.

    EU JA INSTALEI, MAS NÃO CONSEGUIR SEQUER CONECTAR O PEN DRIVE.
    ME AJUDEM POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fábio,
      respondi sua indagação no Fórum. Espero que tenha conseguido resolver as suas pendências.
      Abraços haikusiastas.

      Excluir